Lilypie First Birthday tickers

Monday 7 March 2011

O medo da separação

À medida que a licença de parto se vai aproximando do final, a angústia das mães vai aumentando.

O ideal seria a criança permanecer junto da mãe durante mais alguma tempo, mas nem sempre há essa possibilidade. A maioria das mulheres não pode ou não quer renuncuar à sua carreira profissional. Nem todas as famílias dispõem da complacente avó que pode substituir a mãe o dia inteiro. É de salientar que é perfeitamente possível conjugar a maternidade com o trabalho e, na maioria dos casos, é mais satisfatório a nível emocional.
Quando a mãe tem que retomar a sua actividade laboral a separação é muito sentida, pois está habituada a estar 24 horas por dia com o seu bebé. Vai chegando a altura da primeira separação e é necessário decidir o que é melhor para o bebé.

A tomada de decisão
Ainda que não seja uma decisão fácil, existem creches, infantários e colégios bem adaptados às necessidades dos bebés, em que as actividades são preparadas de forma personalizada, de acordo com a idade de cada criança. Para os bebés, a passagem do meio familiar para o meio escolar é um passo muito importante na sua curta vida.
vão passar a estar em contacto com outros espaços e pessoas, que num primeiro momento podem causar-lhes desconfiança e angústia. Os cheiros, as vozes e os carinhos vão mudar e aparecerão muitas crianças à sua volta, pulando e entrando em disputa pela atenção do adulto. Durante o periodo de adaptação terão que ir superando a separação. Mas se se tratar de uma boa creche, o bebé depressa se adaptará e não sentirá falta de nada.

Adaptação progressiva
Em alguns destes locais é permitida a adaptação progressiva do bebé. No primeiro dia, por exemplo, a mãe pode pasar uma parte do dia na creche, junto com o seu bebé. Depois, a pouco e pouco o bebé vai ficando cada vez mais tempo sozinho na creche, até ser capaz de ficar todo o tempo necessário. Com este método, o bebé adapta-se gradualmente ao ambiente em que vai viver grande parte dos seus dias. A maioria dos bebés consegue adaptar-se sem problemas, acabando por passar alegremente para o colo das educadoras na hora da despedida. Este comportamento não deve gerar sentimentos de rivalidade por parte dos pais, pois significa que o bebés estabeleceu uma relação com eles. O trabalho das educadoras não é substituir emocionalmente os pais, mas é muito positivo que os bebés comecem a sentir carinho por elas e desenvolvam laços afectivos positivos.

Aceitar os sentimentos
É importante que os pais aceitem os seus próprios sentimentos de ansiedade e angústia. São normais e não há motivo para os ocultar. No entanto, é necessário ter em conta que os bebés percepcionam a ansiedade da mãe. Assim, a sua atitude face à situação é fundamental para ajudar a eliminar os receios do filho, para que ele possa viver este período de forma gratificante. Para diminuir estes sentimentos, deverá procurar conhecer bem a creche, os seus espaços e instalações, as suas regras de funcionamento, o que pode oferecer aos seu filho e, sobretudo, estabelecer uma relação de confiança com a educadora.
Uma outra ajuda para diminuir os seus receios e ansiedade, é chamar a atenção da educadora para alguns dados importantes sobre o sei filho, nomeadamente, os seus ritmos biológicos (vigília/ sono), a alimentação mais adequada e as horas a que deve ser dada, como o costuma acalmar quando ele não consegue dormir ou quando tem gases, medicamentos que seja necessário tomar ou alergias que ele tenha. Deve também deixar um telefone de fácil contacto para ficar mais tranquila.

Os objectos de transição
Nesta idade os bebés utilizam certos objectos para se recordarem da mães e do que lhes é habitual, uma vez que ainda não têm capacidade para representarem mentalmente a sua imagem. Para os bebés com esta idade, o que desaparece do seu campo visual é como se não existisse. Por conseguinte, se perdem a mãe de vista, pensam que desapareceu e não sabem que ela voltará. Pelo facto de a relação que estabeleceram durante os últimos meses ser muito intensa, a angústia é acentuada. Levarem consigo a chucha, uma fralda ou um brinquedo preferido, reconfortá-los-á quando estiverem separados da mãe e o cheiro familiar acalma-los-á- É importante que as mães se despeçam sempre deles e refiram quando irão voltar, mesmo que eles ainda não compreendam.

Sem culpas nem angústia
Os pais não se devem culpabilizar nem angustiar, pois esta não é uma mudança assim tão brutal para a criança. Devem recordar-se dos aspectos positivos que poderá trazer, a curto e longo prazo, nomeadamente no processo da sua socialização.

Revista Bebé Saúde

4 comments:

  1. Adaptação progressiva por causa do bebé? Yeah, right! ;)

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  2. Os nossos parabéns à mamã! :)
    Excelente blogue para informar outras mamãs...

    Os nossos votos de muitas felicidades!

    Até já,
    Conversas com Barriguinhas

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